As Donas Amélias são as queijadinhas típicas da Ilha Terceira.
Esta é a receita original, que foi preparada e oferecida pelas senhoras de Angra do Heroísmo à Rainha D. Amélia de Orleans e Bragança em 1901 durante a sua Visita Régia.
- 500 gramas de açúcar
- 9 gemas de ovos
- 4 claras (batidas em neve)
- 200 gramas de manteiga (derretida e fria)
- 200 gramas de farinha de milho (o mais peneirada possível)
- 1 colher (de sopa) de canela em pó
- 6 colheres (de sopa) de mel de cana
- 100 gramas de passas
- 50 gramas de cidrão (picado muito fino)
- raspa de 1 limão pequeno
- 1 pitada de sal
- 1 colher (de café) de noz moscada
Bate-se o açúcar com as gemas até formar uma massa presa, juntando-se depois a canela, as passas, o cidrão, a noz moscada, a raspa de limão e o sal.
Bate-se mais algum tempo, e quando estiver bem ligado, junta-se a manteiga derretida e fria, de seguida, as claras batidas em neve, e por último, a farinha e o mel.
Sempre que se junta qualquer dos ingredientes mencionados, bate-se a massa a fim de os ligar.
Vaza-se a massa em pequenas formas (untadas e polvilhadas) e vão ao forno , não muito quente, em tabuleiros.
Quando cozidos, retiram-se das formas e polvilham-se com açúcar refinado.
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Nos dias de hoje já existem outras versões desta receita mais fáceis e igualmente boas (podem conferir aqui), mas tendo em conta que eu sou de Angra do Heroísmo e possuo a receita original achei que deveria partilhá-la convosco. Eu tentei fazer a receita à moda antiga, ou seja, tudo batido à mão com colher de pau, manteiga Milhafre derretida num tachinho ao lume, forminhas de alumínio, etc... Só assim damos valor à forma e paciência como se cozinhava antigamente. Vale a pena experimentar! Enquanto as Donas Amélias estavam no forno o cheiro que emanava pela casa fazia-me lembrar o Natal :-)
Eu reduzi a receita para metade e obtive 24 queijadinhas. Estas podem ser conservadas em recipiente fechado durante algumas semanas mantendo o seu sabor original. Aliás, há quem diga que as Donas Amélias quanto mais velhas melhor!
Digitalizei a fotocópia desta receita que obtive há vários anos através duma amiga:
Clique na imagem para ampliar
Antes de mais obrigado pela partilha, adorei a introdução e adorei a receita, devem ser uns bolinhos deliciooooooosos, parabéns, bjs ;)
ResponderEliminarEu já provei quando fui à Terceira, numa pastelaria famosa, mas já não me lembro do nome, e gostei muito.
ResponderEliminarAssim, posso tentar em casa para recordar.
Este doce parece bem gostoso. Difícil é encontrar Cidrão por aqui...
ResponderEliminarbjo,
Nina.
Tambem ja tive o prazer de provar estas queijadinhas, das poucas vezes que fui a Terceira,mas ja anotei a receita,rss.
ResponderEliminarbjs
Aqui estão elas! Ficaram perfeitas, Manuela! Podes ter a certeza que vou testar em breve. :-)
ResponderEliminarBeijinhos.
Manuela, muito interessante a receita e toda a História que a envolve. Obrigada por partilhar!
ResponderEliminarBj
Estão com um aspecto maravilhoso...apesar da minha costela açoriana, o cidrão não é comigo. Portanto, quando fizer esta receita - embora assim não fique igual à tradicional - vou "passar" esse ingrediente.
ResponderEliminarbjs
Lindas queijadinhas e a história que envolve a receita é fabulosa, obrigado por ter partilhado connosco.
ResponderEliminarBeijinhos
Que post legal!! Obrigada por partilhar o conhecimento.
ResponderEliminarAdorei as suas queijadinhas, e tb a histórias sobre as ditas,não conhecia Obrigado!
ResponderEliminarVou tentar fazer para provar se não se importar...
bjinho
Gostaria muito de prová-las. Receitinhas acompanhadas de história acho o máximo.
ResponderEliminarBjs!
São óptimas!
ResponderEliminarPara além do belíssimo aspecto, pude comprovar o seu óptimo paladar, até me fez lembrar o Natal, obrigada colega Manuela pela gentileza.
querida Manuela, estou curiosa para provar estas Donas Amélias que devem ser um espectáculo.
ResponderEliminarEstas Donas Amelias estao mesmo tentadoras!!! Um dia destes vou tentar fazer com aquela farinha de milho fininha que comprei aqui nos States. Se calhar ficam boas... Obrigada pela receita!! Bj da Jo
ResponderEliminardeve ser uma maravilha...tenho uma receita mas nao e a original, vou experimentar a tua ,deve ser muito melhor,so nao sei o que e cidrao...bjs
ResponderEliminarnani, pão bolos e cia, gourmandise, fatusca, elvira, suzana, pipoka, filipa, eliana, janeca, luciana, manuela pereira, risonha: Obrigada pelos vossos simpáticos comentários :) Desculpem-me mas já são tantas as visitas que começa a tornar-se difícil responder individualmente a todas.
ResponderEliminarjoanina: Vai ficar bom de certeza, a farinha de milho usada nas Donas Amélias é fininha.
cidália: "O cidrão é um citrino que resultou do cruzamento entre a toranja, a tangerina e a laranja de Sevilha. É um pouco mais pequeno do que a toranja e a casca é rugosa, de cor verde amarelada." O cidrão é parecido com a casca de laranja cristalizada, com este ingrediente as queijadas ficam mais "meladas". Mas pode fazer sem o cidrão.
Nunca provei este doce que parece ser tão especial! Tenho de agendar uma viagem aos açores para poder provar esta e tantas outras especialdades! Para além de encher os pulmões de verde, né?
ResponderEliminarO aspecto ficou perfeito, Manuela! :o)
Beijos
olà
ResponderEliminarObrigada pela sua receita. Adorei o blog.
Mas tenho uma duvida grande.
fermento leva?
ou não?
Obrigada!
è que ja vi receitas com e sem, por isso não sei se as verdadeiras levam ou não.
abraços
yolanda: Muito obrigada pela sua visita :)
ResponderEliminarA receita original não leva fermento.
Boa tarde, gostaria de saber onde se vende o cidrão. desde já muito obrigado pela receita ;)
ResponderEliminaranónimo:
ResponderEliminarEm Angra do Heroísmo, costumo comprar no "Basílio Simões", na Rua Direita.
Boa tarde. A farinha usada e a farinha de milho branca ou amarela. Obrigado.
ResponderEliminarAnónimo
ResponderEliminarA farinha de milho utilizada é a amarela.